sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Too Much

Adoro Moda. Adoro luxo também, além de arte, gastronomia, viagens e comprasssss. Um dos meus passatempos e maiores interesses está ligado a tudo o que é bom, bonito e luxuoso. Devoro revistas como Vogue, Marie Claire, Elle... na internet fico zanzando em sites e blogs que dropam gente rica, bonita e bem nascida. Por que será que sou assim tão interessada nesse povo e nesses assuntos? Sou um deles? Nooooooooo. Tenho berço, mas não grana to live like them. Vontade de ser como eles? Claro que eu queria ser milionário (who wouldn´t?), mas sou muito feliz do lado de cá da corda.
Então. Ainda mais nesses tempos que estou sem trabalhar (e estou entrando em parafusos com isso), minha distração passou a ser, mais intensivamente, a busca por entretenimento que diz respeito a: gente rica e bonita, moda, cultura, artes, comportamento, luxo, high society, festas, viagens, beleza, etc... Nessa jornada o que mais vejo e leio é sobre consumo. Isso mesmo. Fulana que comprou o último modelo da Hermès, ciclana que se casou em uma réplica de um castelo no qual o pai mandou construir para a ocasião, beltrana que já tem todas as cores da Chanel 2.55, ou a outra que coloca seu "look of the day" no blog, num valor total estipulado em 5 mil reais (fora a bolsa). Fora o grupo de amigas que não veeeee a hora de ir pra NY com as wish lists on hands nas quais estão incluídas as novas bases da Make-Up For Ever e tudo mais...
Quer saber? Adoro ver, saber, olhar, me informar sobre todo esse mundo de sonhos (para mim) dos milionários, mas às vezes acho too much. Ao mesmo tempo que me encanta, me assusta. Às vezes acho muita futilidade de uma vez só. Falta a contemplação dos espaços, dos ambientes, dos momentos, das pessoas. Sobra a busca desenfreada por coisas e bens materiais que só o dinheito compra, porém não sustentam sentimento nem sensação capaz de manter qualquer ser humano plenamente feliz consigo mesmo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eutanásia

Hoje a tarde assisti um filme, por acaso, na GNT, na sessão "Mulheres no Cinema". O nome é Escolha de Vida é conta uma história real da médica inglesa Anne Turner que é diagnosticada com uma doença degenerativa cerebral sem cura (Paralisia Progressiva Supranuclear), pouco tempo depois de perder seu marido por uma outra doença similar.
Os sintomas da Paralisia são caracterizados por uma falta de coordenação progressiva, com dificuldade de locomoção, de fala, de equilíbrio e de engolir os alimentos, além de rigidez da nuca e do tronco, e demência moderada. Anne, ao sentir na pele os primeiros sintomas, decidiu tomar uma atitude muito séria, a fim de poupar sua família e ela própria do sofrimento que a doença traria, além do sofrimento que ela mesma havia sentido ao lado do marido doente.
Anne optou pela eutanásia, uma prática então proibida na Inglaterra, porém legal na Suiça.
Depois de muita firmeza - ela preferiu morrer a viver sofrendo -, Anne convenceu seus três filhos, os quais respeitaram sua decisão, e partiu com eles para Zurique, onde há uma instituição especializada em eutanásia (morte assistida). Lá ela morreu após tomar uma dose de barbitúricos e descansou em paz.
Fica então a questão da eutanásia. Anne Turner é um caso a se pensar seriamente, pois ela era uma mulher bem informada e estudada (além de médica), sabia que traria sofrimento para as pessoas ao seu redor e que também sofreria muito com sua doença, e também sabia que sua vida não faria mais sentido de acordo com a intensidade dos sintomas. Ela quis morrer e tinha certeza disso.