segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eutanásia

Hoje a tarde assisti um filme, por acaso, na GNT, na sessão "Mulheres no Cinema". O nome é Escolha de Vida é conta uma história real da médica inglesa Anne Turner que é diagnosticada com uma doença degenerativa cerebral sem cura (Paralisia Progressiva Supranuclear), pouco tempo depois de perder seu marido por uma outra doença similar.
Os sintomas da Paralisia são caracterizados por uma falta de coordenação progressiva, com dificuldade de locomoção, de fala, de equilíbrio e de engolir os alimentos, além de rigidez da nuca e do tronco, e demência moderada. Anne, ao sentir na pele os primeiros sintomas, decidiu tomar uma atitude muito séria, a fim de poupar sua família e ela própria do sofrimento que a doença traria, além do sofrimento que ela mesma havia sentido ao lado do marido doente.
Anne optou pela eutanásia, uma prática então proibida na Inglaterra, porém legal na Suiça.
Depois de muita firmeza - ela preferiu morrer a viver sofrendo -, Anne convenceu seus três filhos, os quais respeitaram sua decisão, e partiu com eles para Zurique, onde há uma instituição especializada em eutanásia (morte assistida). Lá ela morreu após tomar uma dose de barbitúricos e descansou em paz.
Fica então a questão da eutanásia. Anne Turner é um caso a se pensar seriamente, pois ela era uma mulher bem informada e estudada (além de médica), sabia que traria sofrimento para as pessoas ao seu redor e que também sofreria muito com sua doença, e também sabia que sua vida não faria mais sentido de acordo com a intensidade dos sintomas. Ela quis morrer e tinha certeza disso.

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